PFAS em pauta: o mercado brasileiro está acompanhando o que o mundo já está regulamentando?

Nos últimos anos, o debate sobre os PFAS (substâncias per e polifluoroalquiladas) ganhou força ao redor do mundo, deixando de ser um tema restrito à ciência para se tornar um assunto regulatório, jurídico e social. Países como Estados Unidos, membros da União Europeia e China vêm endurecendo legislações e estabelecendo limites rígidos para uso, emissão e presença de PFAS no ambiente.

Esse movimento global representa uma virada de chave: não se trata mais de “se” o Brasil irá regulamentar os PFAS, mas “quando” e “como”. E, neste contexto, consultorias ambientais e indústrias brasileiras precisam se antecipar.

 

O que são PFAS?

As substâncias perfluoroalquiladas e polifluoroalquiladas, conhecidas pela sigla PFAS, são uma ampla classe de compostos sintéticos desenvolvidos inicialmente durante a Segunda Guerra Mundial. Seu primeiro uso em larga escala foi voltado à indústria bélica. Posteriormente, ganharam notoriedade com a criação do Teflon, um polímero (PTFE) conhecido por sua propriedade antiaderente, presente até hoje em utensílios domésticos como panelas, frigideiras e airfryers.

Atualmente, os PFAS são amplamente utilizados em produtos como papéis resistentes à gordura, espumas contra incêndio, cosméticos, roupas impermeáveis, ar-condicionado e filtros industriais. No entanto, apesar de sua utilidade, essas substâncias apresentam um lado obscuro que vem ganhando atenção internacional.

 

O perigo invisível: os riscos dos PFAS à saúde e ao meio ambiente

Os PFAS são frequentemente chamados de “químicos eternos” porque não se degradam facilmente no meio ambiente nem no organismo humano. Estudos mostram que a exposição prolongada pode estar associada a diversos efeitos adversos, incluindo:

  • Disfunções hormonais e imunológicas

     

  • Aumento do risco de câncer

     

  • Diminuição da fertilidade

     

  • Problemas hepáticos e renais

     

Além disso, por se acumularem no ambiente, os PFAS contaminam solos, águas subterrâneas e cadeias alimentares, tornando-se um desafio de longo prazo para o controle ambiental.

 

O mundo em alerta: legislações e debates globais

Diversas nações já tomaram medidas concretas para controlar ou banir compostos de PFAS:

  • Estados Unidos: A EPA (Environmental Protection Agency) avançou significativamente com regulações específicas. O Método 1633, por exemplo, foi desenvolvido para padronizar a análise de PFAS em diversas matrizes ambientais. Alguns estados norte-americanos já estabeleceram limites máximos permitidos em água potável, e empresas estão sendo responsabilizadas por contaminações passadas.

     

  • União Europeia: A Comissão Europeia incluiu os PFAS como alvo prioritário na Estratégia para Sustâncias Químicas Sustentáveis, com propostas de proibição em diferentes categorias de uso até 2030.

     

  • China: O país asiático vem se alinhando às diretrizes internacionais com novas normas técnicas e restrições comerciais para a produção e uso de PFAS.

Mais do que isso, empresas globais estão sendo pressionadas por clientes, acionistas e governos para demonstrar controle e transparência sobre o uso e emissão dessas substâncias. Em países como o Estados Unidos, por exemplo, o debate entre a população já está tão avançado que pessoas físicas já pedem análises de PFAS sobre água de suas casas.

 

O Brasil começa a se movimentar e as empresas precisam estar prontas

Ainda que o Brasil não possua uma legislação específica sobre PFAS em vigor, os sinais de mudança são evidentes:

  • A nova versão da NBR 10004 da ABNT, com vigência a partir de 2025, já inclui atualizações específicas sobre PFAS na classificação de resíduos sólidos perigosos.

     

  • A Resolução CONAMA nº 420/2009, que trata da qualidade do solo e áreas contaminadas, está em revisão, com discussões abertas sobre a inclusão de PFAS entre os parâmetros de risco à saúde.

     

Além disso, estudos técnicos e audiências públicas vêm sendo promovidos por universidades, órgãos ambientais e instituições privadas, fortalecendo o caminho para normas mais restritivas nos próximos anos.

 

O que isso significa para consultorias ambientais e indústrias brasileiras?

A principal lição do cenário internacional é clara: a inércia pode gerar riscos operacionais, legais e reputacionais.

Consultorias ambientais e indústrias que atuam de forma preventiva terão vantagens estratégicas importantes:

  • Atendimento antecipado à legislação futura

     

  • Maior credibilidade em auditorias e licenças ambientais

     

  • Posicionamento favorável em políticas ESG e relatórios de sustentabilidade

     

  • Redução do risco de passivos ambientais e ações judiciais

Além disso, empresas com atuação internacional ou em cadeias globais de fornecimento já estão sendo cobradas a apresentar monitoramento e controle de PFAS em seus processos e resíduos.

 

EP: pioneirismo em análises completas de PFAS no Brasil

Antecipando-se às exigências do mercado e da legislação, a EP já realiza análises completas de PFAS, sendo referência nacional no tema:

  • Maior escopo de PFAS acreditado pela Cgcre/Inmetro, com mais de 45 compostos em múltiplas matrizes.

     

  • ✅ Atendimento a 100% do Método 1633 da EPA para clientes nos EUA.

     

  • ✅ Análises em matrizes como água potável, efluentes, resíduos líquidos e sólidos.

     

  • Limites ultrabaixos de quantificação, com alta sensibilidade técnica.

     

  • ✅ Tecnologias avançadas como LC-MS/MS e extração SPE.]

 

Conclusão

O debate sobre os PFAS não é mais apenas técnico, ele se tornou social, regulatório e estratégico. O Brasil precisa se preparar, e o momento é agora.

Empresas que quiserem se destacar no cenário ambiental e industrial precisarão incorporar as análises de PFAS às suas práticas. E a EP está pronta para ser sua parceira nesse desafio.

Fale conosco para entender como nossas análises de PFAS podem ajudar sua empresa a estar um passo à frente da legislação e da sustentabilidade.