A remoção de fósforo em efluentes sanitários é um dos principais focos de inovação no setor de saneamento no Brasil e no mundo. A crescente necessidade de reduzir a descarga deste nutriente em corpos receptores têm impulsionado o desenvolvimento de novas tecnologias para reduzir fósforo em efluente sanitário, ampliando a eficiência de estações de tratamento (ETEs) e contribuindo para a sustentabilidade ambiental.
O fósforo, presente principalmente devido à decomposição de resíduos orgânicos e ao uso de detergentes, é um dos principais responsáveis pelo processo de eutrofização — fenômeno que provoca proliferação de algas, redução de oxigênio e danos à vida aquática. Assim, investir em soluções adequadas é essencial para proteger ecossistemas e atender padrões regulatórios.
O que é a remoção de fósforo em efluente sanitário?
A remoção de fósforo envolve a redução das formas fosfatadas presentes no esgoto, normalmente dissolvidas e/ou particuladas. O tratamento pode ocorrer por processos biológicos, físico-químicos ou ambos, selecionados de acordo com as características do efluente, requisitos legais e condições de operação.
Por que reduzir fósforo em efluente sanitário é importante?
A presença de fósforo em excesso pode gerar sérios impactos ambientais e sanitários. Entre suas principais consequências, destacam-se:
- Proliferação de algas e cianobactérias;
- Eutrofização, reduzindo a qualidade da água;
- Perda de biodiversidade;
- Alteração no sabor e odor da água;
- Dificuldades nos processos de captação e tratamento para abastecimento.
Globalmente, diversos países estabelecem limites cada vez mais rígidos para fósforo total, como Estados Unidos, Holanda e Suécia. No Brasil, legislações estaduais vêm adotando critérios mais restritivos em regiões sensíveis, o que impulsiona a modernização de ETEs e o uso de tecnologias mais avançadas.
Principais tecnologias para reduzir fósforo em efluente sanitário
A seguir, apresentamos as principais soluções aplicadas à remoção de fósforo em efluentes sanitários, desde abordagens consolidadas até tecnologias emergentes.
Processos Biológicos: Reatores MBBR e IFAS e Bio-remoção
A remoção do fósforo pode ser intensificada com adoção de tecnologias como Bactérias Acumuladoras de Fósforo (PAOs) e uso de mídias móveis ou fixas para intensificar a atividade biológica.
Processos Físico-Químicos:
Precipitação Química Estruvita (MgNH₄PO₄·6H₂O)
Aplicação de sais metálicos (alumínio, ferro ou cálcio) para formar precipitados insolúveis.
Coagulação e Floculação
Remoção de fósforo particulado associado a sólidos suspensos.
Como aplicar tecnologias para reduzir fósforo em efluente sanitário
A escolha da tecnologia depende de variáveis como:
- Concentração inicial de fósforo;
- Estrutura existente da ETE;
- Metas de lançamento;
- Requisitos operacionais e de custo.
Passos Gerais:

Boas práticas e erros comuns
Boas práticas
- Monitorar regularmente fósforo total e ortofosfato;
- Adequar dosagem química para evitar sub ou superdosagem;
- Treinar operadores para ajustes em tempo real.
Erros comuns
- Considerar apenas o fósforo solúvel e ignorar o particulado;
- Falta de avaliação de lodo gerado, aumentando custos;
- Selecionar tecnologia sem analisar impactos de CAPEX e OPEX;
- Desconsiderar sinergia com processos de remoção de nitrogênio.
Conclusão
O controle de fósforo em efluentes sanitários é essencial para preservar a qualidade dos corpos d’água e cumprir exigências ambientais. Globalmente, tecnologias para reduzir fósforo em efluente sanitário evoluem em direção a soluções integradas, eficientes e alinhadas à economia circular.
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