Manutenção em Estações de Tratamento de Água e Efluente

Manutenção em estação de tratamento de água e efluente

Manutenção em Estações de Tratamento de Água e Efluentes

É de suma importância que as ETAs e ETEs tenham a sua operação funcionando de forma eficiente para garantir a qualidade da água/efluente tratados de acordo com as especificações determinadas no projeto, atendendo a legislação ambiental vigente ou aos padrões de qualidade exigidos, onde serão utilizados.

Além de uma operação eficiente, com os processos bem controlados e monitorados, as condições dos equipamentos e das instalações devem estar em condições ideais quanto ao seu estado de preservação e funcionamento.

Para que isso aconteça é necessário a implantação de uma gestão de manutenção que possa garantir de forma periódica e planejada, a execução das manutenções nas estações de tratamento, garantindo que todos os equipamentos e instalações funcionem de forma satisfatória e contínua. 

A elaboração de um plano de manutenção é o início de todo o processo dessa gestão.

Entende-se por plano de manutenção, um conjunto de documentos onde são registradas todas as atividades críticas de manutenção preventiva, sua frequência de execução, a localização dos equipamentos, a especificação de peças que deverão ser utilizadas, bem como as ferramentas empregadas e quem são os profissionais que são capacitados para a execução das atividades.

Um bom plano de manutenção traz inúmeros benefícios, dentre eles pode-se destacar:

  • A garantia de continuidade operacional;
  • A redução de paradas não programadas;
  • A redução de custos com compras de materiais urgentes;
  • A redução do custo com horas extras emergenciais;
  • Uma maior durabilidade dos equipamentos e das instalações;
  • A contribuição para a segurança da força de trabalho.

A Elaboração de um Plano de Manutenção

Não é uma tarefa fácil e rápida, pois requer dedicação e conhecimento técnico dos processos de manutenção. 

Para ser um bom plano de manutenção preventiva, é essencial que contenha as seguintes informações:

  1. A identificação dos equipamentos (marca, modelo, fabricante e demais informações relevantes);
  2. A localização dos equipamentos;
  3. Os serviços que serão executados;
  4. A periodicidade da execução;
  5. Os profissionais que irão executar as atividades;
  6. Os recursos necessários (ferramentas, peças, consumíveis, materiais de apoio, dentre outros);
  7. O tempo previsto para a execução;
  8. As informações sobre segurança: EPIs e EPCs necessários; NRs aplicadas as atividades, dentre outros procedimentos específicos que sejam necessários;
  9. As informações de meio ambiente como, a destinação correta dos resíduos gerados durante a manutenção.

Para a elaboração dos planos de manutenção podem ser aplicados diversos softwares e aplicativos disponíveis no mercado. A escolha de qual ferramenta utilizar na elaboração dos planos de manutenção irá depender dos recursos disponíveis, bem como do grau de investimento que a empresa deseja fazer.

Colocando em prática o Plano de Manutenção

Não basta apenas elaborar um bom plano de manutenção, é necessário que o mesmo seja posto em prática de forma organizada, sistêmica e controlada.

Abaixo é apresentado um fluxograma do processo de planejamento de manutenções:

Em se tratando de manutenções preventivas nas estações e tratamento de água e efluentes, alguns pontos devem receber especial atenção:

  • Floculadores: a preservação da estrutura física desses tanques é muito importante para evitar corrosão, fissuras e rachaduras. Atenção especial nas pás e hélices de agitação e nos sistemas de engrenagens que devem estar sempre bem lubrificados.

 

  • Agitadores: O seu funcionamento de forma correta é fundamental para o processo. Atentar para a lubrificação das engrenagens, pás e hélices, e manter sempre bem alinhado, evitando empenamento do eixo.


  • Decantadores: Geralmente compostos de raspadores de fundo e de superfície, podendo ser operados de forma manual ou automatizada (válvulas solenóides, válvulas de acionamento automático). Esses equipamentos podem sofrer muito com a corrosão, e a utilização de procedimentos e produtos para a prevenção da corrosão devem ser amplamente empregados.


  • Filtros: Em uma ETA/ETE podemos ter filtros de areia, de carvão, de casca de nozes, dentre outros. Geralmente possuem comandos de fluxo automatizados.Esses equipamentos requerem atenção especial e inspeções periódicas para garantir o bom funcionamento e confiabilidade no processo. A lubrificação dos comandos e das partes móveis devem ser regulares.


  • Bombas dosadoras: São equipamentos essenciais e muito importantes em todo o processo de tratamento. Seu funcionamento deve ser confiável. A manutenção periódica e o acompanhamento diário através de um checklist, são atividades primordiais. 

 

  • Bombas de alimentação/transferência e motores: Da mesma forma que as bombas dosadoras requerem a garantia de um funcionamento confiável, as demais bombas e motores da unidade, devem ser periodicamente vistoriados e checados, seguindo o plano de manutenção. Uma vistoria visual diária, seja pelo operador ou pelo profissional de manutenção, faz a diferença, e muitas vezes evita as paradas inesperadas desses equipamentos.


  • Equipamentos de desague de lodo: Como centrífuga, filtro prensa, prensa desaguadora. Todos estes equipamentos requerem muita atenção quanto a lubrificação e inspeções periódicas dos seus componentes, de acordo com as informações disponibilizadas no manual do fabricante. Atenção a barulhos e ruídos considerados anormais. Uma intervenção o mais breve possível pode evitar altos custos.


  • Analisadores de linha: Dentre os mais utilizados temos: pH, turbidez, alcalinidade, condutividade, ORP. Eles devem ser limpos e calibrados com frequência. Requer atenção especial nos contatos elétricos. O manual do fabricante deve ser utilizado para a elaboração do plano de manutenção preventiva.

 

Em linhas gerais, a implantação de uma gestão de manutenção nas estações de tratamento de águas e efluentes, podem ser o diferencial e trazer inúmeros benefícios, em destaque, a estabilidade do processo, a redução de custos e o aumento de vida útil das instalações.

Buscando atender as necessidades do mercado, o Grupo EP, através da EP Engenharia, possui a solução 360, com profissionais extremamente qualificados, dedicados e com larga experiência, oferecendo serviços de projetos e construção de estações de tratamento, bem como a operação, manutenção e monitoramento analítico, garantindo que a sua estação de tratamento possa proporcionar os melhores resultados de eficiência e custo operacional. 

Artigo por Odair José Krause