O cromo hexavalente consiste em um exemplo de contaminante frequentemente usado em grande escala no meio industrial. Chumbo, mercúrio e arsênio são outros integrantes do grupo de metais e semimetais que, assim como o cromo, são considerados tóxicos. Dessa forma, o uso desenfreado desses componentes pode, além de poluir o meio ambiente, trazer riscos ao ser humano, visto que alguns deles possuem características potencialmente cancerígenas (FRANCO, 2008). O consumo de água contaminada por este cromo, por exemplo, pode causar alergias, problemas no sistema imunológico, tumores e outras modificações genéticas. (BERGAMASCO et al, 2011).
O cromo está presente na natureza de duas formas: Cr(III) e Cr(VI). O primeiro, conhecido como cromo trivalente, em quantidades controladas, é fundamental para o desenvolvimento das atividades metabólicas humanas. Logo, não é um elemento tóxico. Por outro lado, o segundo, o cromo hexavalente, é mais estável que o Cr(III) e extremamente solúvel, característica essa que facilita a contaminação de águas subterrâneas (MOREIRA & BUENO, 2019).
Muitos comportamentos de natureza antrópica podem desencadear contaminações por Cr(VI), sendo que, a principal delas se dá pelo vazamento de fluidos que o contenham ou pela distribuição descuidada de resíduos sólidos contaminados. Com o objetivo de remediar essas áreas contaminadas, o processo de redução do cromo hexavalente em cromo trivalente é um opção válida de diminuir a ameaça proveniente deste contaminante sem efetivamente alterar sua concentração total (FRANCO, 2008).
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Referências
Bergamasco, A. M. D.; Sékula, C.; Daniel, M. H. B; Queiroz, F. B.; Cabral, A. R. (2011). Contaminantes químicos em águas destinadas ao consumo humano no Brasil. Cad. Saúde Colet., Rio de Janeiro.
Franco, D. V. (2008). Tratamento redutivo de solo e água subterrânea contaminados por cromo hexavalente. Tese de doutorado. Unicamp – Campinas.
Moreira, P. A., Bueno, S. M. (2019). Presença de cromo hexavalente na água potável. Unilago – São José do Rio Preto.
